Hello Guys!! Hoje vamos tratar de um dos casos mais impressionantes que ja ouvi falar: O caso D.B. Cooper.Poucas histórias reais conseguem misturar suspense, ousadia e desaparecimento com tanta perfeição quanto o caso de D.B. Cooper. Em plena era da aviação comercial, um homem vestido elegantemente embarcou em um voo, sequestrou a aeronave com classe, exigiu um resgate milionário, saltou de paraquedas em meio a uma tempestade — e jamais foi encontrado.
Esse caso, ocorrido em 1971 nos Estados Unidos, é até hoje o único sequestro aéreo da história do país que permanece sem solução. Ele desafia a lógica, a tecnologia e até a psicologia criminal. Quem era esse homem? Como ele conseguiu executar um plano tão ousado? Teria sobrevivido ao salto? Por que ninguém nunca o reconheceu?
Este artigo mergulha nos detalhes do caso D.B. Cooper, trazendo muitas informações relevantes e teorias possíveis. Prepare-se para uma jornada fascinante por um dos maiores enigmas da história moderna.
A Aviação nos Anos 70: Uma Era de Liberdade e Vulnerabilidades
Antes de entrarmos no caso em si, é importante darmos um panorama de como era voar na decada de 70 nos Estados Unidos. Nos anos 70, voar era um ato elegante, acessível à classe média crescente e com protocolos de segurança ainda muito rudimentares. Não havia detectores de metal nos aeroportos americanos. Passageiros podiam embarcar com bagagens de mão volumosas sem serem revistados, e comprar passagens em dinheiro, no balcão, sem apresentar qualquer documento. Na prática, era mais fácil entrar em um avião do que em um cinema.
Esse cenário de liberdade era reflexo de uma era mais ingênua. A aviação civil ainda era jovem e focava no conforto e na experiência do passageiro. Cabines de comando frequentemente recebiam visitas de passageiros curiosos, e as aeromoças — como eram chamadas na época — ofereciam bebidas alcoólicas, cigarros e refeições com talheres de metal. A ideia de que alguém sequestraria um avião comercial em solo americano era, até então, impensável para grande parte da população.
(Fonte: Aeroin/Reprodução)
Mas essa era de inocência também deixava brechas perigosas. O final dos anos 60 e início dos 70 já haviam visto uma onda crescente de sequestros aéreos, especialmente com voos desviados para Cuba.
D.B. Cooper: O Homem que Mudou a Aviação para Sempre
Na tarde nublada de 24 de novembro de 1971, véspera do feriado de Ação de Graças, um homem comum, mas impecavelmente vestido, caminhou até o balcão da Northwest Orient Airlines no Aeroporto de Portland, Oregon. Pagou em dinheiro por uma passagem só de ida para Seattle e se identificou como “Dan Cooper”. Portava uma maleta preta, usava terno escuro, gravata presa com alfinete de pérola e um sobretudo sóbrio. Nenhum detalhe chamava atenção excessiva — e talvez esse fosse justamente o truque.
(Fonte: 9News/Reprodução)
O voo 305 decolou às 14h50 com destino a Seattle. Assim que o avião estabilizou, Cooper chamou a comissária Florence Schaffner e lhe entregou discretamente um bilhete. Pensando ser mais uma cantada, ela o ignorou até que ele sussurrou: “Senhorita, é melhor você ler isso. Tenho uma bomba.” Quando ela se sentou ao lado dele, ele abriu a maleta apenas o suficiente para revelar cilindros vermelhos conectados por fios — algo que parecia letal. Então ditou calmamente suas exigências: US$ 200.000 em dinheiro vivo, quatro paraquedas e um caminhão de combustível aguardando em Seattle para uma nova decolagem.
O tom de voz de Cooper não era agressivo. Pelo contrário — era cortês, articulado, quase educado. Ele pediu que suas exigências fossem repassadas ao piloto e advertiu para que ninguém tentasse nada ousado. Enquanto o avião seguia tranquilo, ele acendia cigarros e bebia bourbon com soda, como um passageiro qualquer. Seu comportamento chamou a atenção da tripulação, não por agitação, mas pela frieza com que tudo era executado.
Curiosamente, “D.B. Cooper” não era seu nome. Na passagem, constava “Dan Cooper”. O erro foi da imprensa, que divulgou inicialmente o nome errado — e assim ele ficou conhecido para sempre. O que ninguém imaginava naquele momento era que esse homem estava prestes a se tornar um dos maiores fantasmas da história da criminalidade americana.
O Plano Perfeito e a Fuga Incrível
Quando o avião pousou no Aeroporto de Seattle-Tacoma, às 17h45, o dinheiro exigido e os paraquedas já estavam prontos, conforme solicitado. Os 36 passageiros foram liberados em segurança, sem jamais saberem que haviam participado de um sequestro. Cooper recusou os paraquedas militares oferecidos e escolheu um modelo civil — mais difícil de controlar, porém mais familiar para quem tivesse prática. Isso foi interpretado como sinal de que ele não era um amador.
(Fonte: 9News/Reprodução)
Após receber tudo o que pediu, Cooper instruiu o piloto a decolar novamente, agora com uma nova rota: seguir para a Cidade do México, voando a baixa altitude (10 mil pés), com velocidade constante de 170 nós (cerca de 315 km/h), trem de pouso abaixado e os flaps ajustados em 15 graus — configurações que permitiriam um salto com paraquedas. Ele exigiu também que a porta traseira do avião, um modelo Boeing 727, permanecesse destravada. Isso não era um detalhe qualquer: esse modelo era um dos poucos que permitia a abertura da escada traseira em pleno voo, e Cooper claramente sabia disso.
Já sobrevoando o estado de Washington, por volta das 20h, em uma noite fria, escura e marcada por chuva intensa, o piloto sentiu uma mudança súbita de pressão na cabine — e logo depois um alerta de que a escada traseira havia sido ativada. Nenhum dos tripulantes viu o salto. Não houve despedida. Apenas um sinal silencioso de que Cooper havia saltado no meio da tempestade, levando consigo US$ 200.000 em notas numeradas e um paraquedas.
Foi a última vez que alguém teve qualquer sinal concreto de D.B. Cooper. Nenhum corpo, nenhum paraquedas, nenhuma pegada na lama. A floresta densa, os rios e a escuridão engoliram o homem como se ele nunca tivesse existido. Um salto extremamente arriscado, quase suicida — mas calculado com precisão. O avião pousou sem problemas, mas a figura que entrou no portão de embarque horas antes havia desaparecido completamente.
A Investigação do FBI: 45 Anos de Fracasso
Assim que a tripulação confirmou o salto de D.B. Cooper, iniciou-se uma das maiores operações de busca e investigação da história americana. O FBI montou uma força-tarefa dedicada exclusivamente ao caso, chamada de NORJAK (Northwest Hijacking). As autoridades cobriram uma vasta extensão de território no sudoeste do estado de Washington, utilizando helicópteros, cães farejadores, barcos, equipes em solo e até aviões da Força Aérea. Especialistas analisaram a rota exata do avião, o clima, a velocidade, a altitude e a direção do vento na hora do salto. Com base nesses dados, determinaram uma zona de busca provável — mas a floresta, densa e selvagem, parecia ter engolido Cooper por completo.
Durante semanas, nada foi encontrado. Nenhum pedaço de tecido do paraquedas, nenhuma mochila, nenhum objeto pessoal. Nenhum corpo. Era como se ele tivesse desaparecido no ar — literalmente. Ao longo dos anos seguintes, agricultores, caçadores e escoteiros que passavam pela região foram orientados a relatar qualquer achado incomum, mas todos os indícios investigados se mostraram falsos alarmes. A frustração dentro do FBI era crescente, especialmente porque o caso ganhou ampla cobertura midiática e virou motivo de fascínio nacional. A cada ano que passava sem respostas, a lenda crescia.
As Primeiras Pistas: Uma Caçada Frustrante
Em fevereiro de 1980, quase nove anos após o sequestro, um menino chamado Brian Ingram fazia um piquenique com sua família às margens do rio Columbia, próximo a Vancouver, Washington, quando encontrou três maços de dinheiro parcialmente enterrados na areia. As notas estavam deterioradas, mas seus números de série batiam exatamente com os entregues a Cooper em 1971. O achado foi verificado e autêntico, mas levantou novas dúvidas: por que apenas parte do dinheiro apareceu? Como ele foi parar tão longe da zona de salto estimada? Teria Cooper perdido parte da carga no ar? Ou foi ele mesmo quem escondeu o dinheiro — como um aceno provocador ao FBI?
(Fonte: FBI/Reprodução)
Esse achado renovou o interesse público, mas não levou a nenhuma pista concreta. Nos anos 90 e 2000, o FBI tentou novas abordagens, utilizando técnicas forenses modernas. A gravata deixada no avião foi analisada com microscopia eletrônica e espectrometria, revelando traços de titânio — um elemento incomum, que levou os investigadores a especular que Cooper pudesse ter trabalhado em ambientes industriais altamente técnicos, como empresas aeroespaciais ou metalúrgicas especializadas. Isso afinou o perfil do criminoso, mas novamente, não foi suficiente para ligar ninguém de forma definitiva ao caso.
Encerramento do Caso Oficialmente
Em julho de 2016, depois de mais de quatro décadas de investigações, mais de mil suspeitos analisados e milhões de dólares gastos, o FBI anunciou o encerramento oficial da investigação. Segundo o comunicado, os recursos seriam redirecionados a casos com maior prioridade. Para muitos, esse anúncio foi o equivalente a uma rendição. Cooper não seria encontrado. Nunca teve seu rosto revelado. Nunca teve sua identidade confirmada. E com isso, o sequestro do voo 305 permaneceu como o único crime aéreo não resolvido da história dos Estados Unidos.
Ainda hoje, os arquivos do caso podem ser consultados online, mas o enigma persiste. Para os agentes que trabalharam no caso, ele foi tanto uma obsessão quanto uma ferida aberta. Para o público, virou mito.
Suspeitos: Quem poderia ser D.B. Cooper?
Mesmo o caso sendo encerrado pelo FBI, uma pergunta ainda paira no ar. Quem era D.B Cooper? Durante décadas de investigações, o FBI analisou mais de mil nomes como possíveis responsáveis pelo sequestro do voo 305. Alguns se destacaram mais do que outros, seja por confissões, evidências circunstanciais ou perfis extremamente compatíveis com o do sequestrador. Abaixo, você confere os suspeitos mais discutidos — e o que há de concreto (ou não) contra cada um deles.
Richard Floyd McCoy: o imitador mais convincente
McCoy foi um veterano condecorado do Vietnã, piloto de helicóptero e especialista em paraquedismo. Em abril de 1972, apenas cinco meses após o caso D.B. Cooper, ele cometeu um sequestro incrivelmente similar: sequestrou um avião, exigiu US$ 500 mil, e saltou com um paraquedas. Foi preso dias depois e condenado. A semelhança dos casos levou muitos a crer que McCoy era o próprio Cooper testando o mesmo plano com melhorias.
No entanto, McCoy tinha um álibi para o dia do sequestro de D.B. Cooper: sua esposa e filhos alegaram que ele estava com eles no Dia de Ação de Graças. O FBI eventualmente descartou sua ligação com Cooper, mas muitos ainda consideram que sua prisão precoce tenha interrompido uma série de crimes. McCoy morreu em 1974 durante uma fuga da prisão, o que alimentou ainda mais o mistério: se ele era mesmo Cooper, levou o segredo para o túmulo.
(Fonte: Jerusalem Post/Reprodução)
Robert Rackstraw: o gênio do caos?
Veterano de guerra, especialista em explosivos, paraquedismo, criptografia e com múltiplas identidades falsas no currículo, Robert Rackstraw foi apontado por jornalistas investigativos como um dos candidatos mais prováveis a ser D.B. Cooper. Em 2018, um documentário da History Channel revelou que ele era capaz de decifrar códigos escondidos em cartas supostamente enviadas por Cooper, o que reacendeu o interesse em seu nome.
Apesar das conexões técnicas e do perfil psicológico compatível, Rackstraw sempre negou envolvimento, muitas vezes de forma debochada. O FBI chegou a investigá-lo nos anos 70, mas o descartou por “falta de provas”. Ainda assim, o jornalista Thomas Colbert passou anos investigando o caso e defende com veemência que Rackstraw era, sim, o verdadeiro Cooper. Rackstraw morreu em 2019 sem confessar nada — ou talvez confessando por entrelinhas.
(Fonte: Alabama.com/Reprodução)
Duane Weber: uma confissão no leito de morte
Um dos momentos mais intrigantes da investigação ocorreu quando uma mulher chamada Jo Weber afirmou que seu marido, Duane, havia confessado ser D.B. Cooper antes de morrer. Ele teria dito: “Eu sou Dan Cooper”. Após sua morte, ela encontrou livros sobre o caso, mapas de voo e anotações suspeitas. Ela levou tudo ao FBI, que, intrigado, abriu investigação.
Duane tinha histórico criminal, serviu na Marinha e tinha idade compatível. Suas digitais, no entanto, não bateram com as deixadas no avião, e o FBI eventualmente descartou a hipótese. Ainda assim, investigadores independentes acreditam que a confissão poderia ter sido real, e que ele pode ter usado técnicas para não deixar rastros físicos. O mistério permanece: estaria Jo Weber apenas buscando atenção? Ou teria convivido com o homem mais procurado da história sem saber?
(Fonte: Vocal.media/Reprodução)
Lynn Doyle Cooper: o tio que sumiu após o crime
Em 2011, uma mulher chamada Marla Cooper afirmou que seu tio, Lynn Doyle Cooper, poderia ser o homem por trás do sequestro. Segundo ela, lembranças de infância indicavam que ele planejava um “grande golpe” e voltou para casa ensanguentado após o Dia de Ação de Graças de 1971. Ela relatou que ele desapareceu pouco depois disso.
O FBI analisou a denúncia, mas não encontrou provas suficientes para vincular Doyle Cooper ao crime. Ele já havia falecido, e não havia material genético disponível para comparação com as evidências do caso. Ainda assim, o depoimento de Marla chamou atenção pela riqueza de detalhes e pelo fato de que seu tio era fã de histórias em quadrinhos do personagem francês “Dan Cooper” — o nome usado pelo sequestrador.
(Fonte: KomoNews/Reprodução)
O Legado Cultural de D.B. Cooper
Mais do que um criminoso, D.B. Cooper se transformou em um ícone cultural. Ele aparece em músicas, livros, filmes e até em séries como Prison Break e Loki, da Marvel, onde é retratado como uma versão do próprio Deus da Trapaça. Sua imagem — o homem de terno, óculos escuros e maleta — tornou-se símbolo de mistério e ousadia.
Em 2022, a Netflix lançou uma série documental intitulada “D.B. Cooper: Desaparecimento no Ar”, que aborda com profundidade todos os aspectos intrigantes do caso, apresentando entrevistas exclusivas com investigadores, suspeitos e testemunhas. Muitas das informações apresentadas neste artigo foram inspiradas ou retiradas diretamente dessa série, que conseguiu revitalizar o interesse público por esse mistério já tão debatido, trazendo novos detalhes e teorias nunca antes vistas.
O caso também é objeto de convenções, documentários e fóruns de discussão. O chamado “CooperCon”, realizado anualmente, reúne fãs, pesquisadores e autores interessados no caso. Muitos veem Cooper como um anti-herói moderno, que driblou o sistema e desapareceu como um mito.
Minha opinião sobre o Caso
Pessoalmente, apesar das diversas teorias fascinantes sobre o caso, acredito que o destino de D.B. Cooper tenha sido trágico. As circunstâncias do salto eram extremamente perigosas — baixa visibilidade, vento forte, chuva e temperaturas extremamente baixas naquela noite de novembro, fatores quase impossíveis de superar em um salto noturno improvisado. Imagino que Cooper tenha morrido durante a queda ou pouco depois dela, possivelmente caindo em algum dos rios que cruzam aquela região selvagem. Isso explicaria por que nenhum corpo ou vestígios foram encontrados até hoje, já que as correntes provavelmente levaram os restos mortais para longe, impossibilitando qualquer descoberta. Apesar disso, sua ousadia permanece, e talvez seja esse o maior legado deixado por ele.
Agora que você conhece todos os detalhes sobre o misterioso caso de D.B. Cooper, conte para nós nos comentários: qual é a sua teoria favorita sobre esse incrível mistério? Acredita que ele sobreviveu ou, como eu, pensa que ele não resistiu ao salto? Aproveite também para compartilhar este artigo com seus amigos. Nos vemos no próximo artigo.
Referencias
Site FBI – https://multimedia.fbi.gov/item?type=image&id=4440.
The Guardian – https://www.theguardian.com/us-news/2024/nov/30/db-cooper-plane-hijacking.
Netflix – Documentario sobre D.B Cooper (2022)
Potal 9 News – https://www.9news.com.au/world/aviation-news-how-db-cooper-hijacking-changed-air-travel/fada300a-e8e5-4991-b41d-6f0a3653a63d.
Jerusalem Post – https://www.jpost.com/omg/article-832915.
Komo News – https://komonews.com/news/local/dna-test-fails-to-connect-oregon-man-to-db-cooper.
Aeroin – https://aeroin.net/.
Vocal Media – https://vocal.media/criminal/the-legend-of-d-b-cooper.