A Cronica do Matador do Rei – O Nome do Vento

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Hello guys, hoje vou falar sobre um dos meus livros de fantasia favoritos: O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss. Publicado em 2007, o livro foi o início da trilogia A Crônica do Matador do Rei e rapidamente conquistou milhões de leitores ao redor do mundo. Foi traduzido para diversos idiomas, ganhou prêmios importantes de fantasia e colocou Rothfuss entre os grandes nomes do gênero, ao lado de autores como George R. R. Martin e Brandon Sanderson.

 

Quem acompanha o blog já viu que temos um post sobre o Chandriano, e eu decidi dar um passo a mais: fazer resenhas de todos os livros do autor. Vamos começar pelo primeiro volume da trilogia, mas em breve também teremos aqui no Multiverso Curioso a resenha de O Temor do Sábio, A Música do Silêncio e O Estreito Caminho Entre Desejos.

Esse post é feito especialmente para quem já leu o livro e quer relembrar os principais acontecimentos da história. Então, fica o aviso: vai ter muitos spoilers. Se você ainda não leu, recomendo guardar essa resenha para depois e conhecer a história diretamente nas páginas do livro.

Meu Nome é Kvothe

Meu nome é Kvothe, com pronúncia semelhante à de ‘Kuoth’. Os nomes são importantes porque dizem muito sobre as pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem direito de possuir.
Meu primeiro mentor me chamava de E’lir, porque eu era inteligente e sabia disso. Minha primeira amada de verdade me chamava de Duleitor, porque gostava desse som. Já fui chamado de Umbroso, Dedo-Leve e Seis-Cordas.
Fui chamado de Kvothe, o Sem-Sangue; Kvothe, O Arcano; Kvothe, O Matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles.
Mas fui criado como Kvothe. Uma vez meu pai me disse que isso significava ‘saber’.
Fui chamado de muitas outras coisas, é claro. Grosseiras, na maioria, embora pouquíssimas não tenham sido merecidas.
Já resgatei princesas de reis adormecidos em seus sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon.
Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia.
Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorarem.
Vocês devem ter ouvido falar de mim

A Pousada Marco do Percurso

A história começa na Pousada Marco do Percurso, um lugar simples e quase sempre vazio. É ali que Kvothe vive escondido sob o nome de Kote, levando a vida de um estalajadeiro comum. Para os clientes que passam, ele parece apenas mais um homem cuidando do próprio negócio, mas sabemos que por trás desse disfarce existe alguém com uma história muito maior.

Nesse início já percebemos que o mundo ao redor não está em paz. Estranhas criaturas chamadas scrael aparecem na região, e Kote lida com elas de forma rápida, como quem já enfrentou coisas piores. Também conhecemos Bast, seu aprendiz, que trata Kote com respeito e deixa claro que ele não é apenas um estalajadeiro qualquer.

É nesse cenário que surge o Cronista, um escriba viajante que reconhece Kote como sendo, na verdade, Kvothe. Depois de alguma resistência, ele aceita contar sua vida em três dias. É a partir desse acordo que mergulhamos em toda a narrativa — desde a infância até os acontecimentos que fizeram Kvothe se tornar uma lenda.

A infancia com os Edena Ruh

Quando Kvothe aceita contar sua história ao Cronista, ele começa pela infância. Seu relato nos leva para dentro da trupe Edema Ruh, onde cresceu cercado por música, histórias e apresentações. Seu pai, Arliden, era um compositor talentoso e respeitado, e sua mãe, Laurian, também fazia parte das encenações. Viajando de cidade em cidade, Kvothe aprendeu desde cedo que o palco era o centro da vida dos Ruh.

Muito novo, ele já mostrava facilidade para aprender e um talento especial com o alaúde, instrumento que se tornaria inseparável de sua história. Cada parada da trupe era uma oportunidade de mostrar sua arte, e cada noite ao redor da fogueira era preenchida por histórias e canções que moldaram sua visão de mundo. Esse contato constante com a arte fez de Kvothe alguém observador e curioso.

Foi nessa fase que apareceu Ben, um arcanista que viajou por um tempo com a trupe. Ele foi o primeiro mestre de Kvothe fora da família, apresentando conceitos de simpatia, a ciência por trás da magia. Kvothe aprendeu rápido e mostrou uma mente excepcional, absorvendo cada ensinamento com entusiasmo. Esse contato com Ben abriu uma nova porta para ele: além da música, descobriu o valor do conhecimento e da busca por entender como o mundo realmente funciona.

O Chandriano

Quando Kvothe fala da sua infância, ele logo lembra do momento que mudou tudo. Seu pai, Arliden, vinha trabalhando em uma canção diferente de todas as outras. Não era apenas uma música comum: era uma composição sobre o grupo denomido de o Chandriano, reunindo nomes, símbolos e fragmentos de histórias antigas. Para a maioria das pessoas, falar deles era superstição, mas Arliden queria transformar aquilo em uma musica. Foi essa ousadia que atraiu atenção indesejada.

Um dia, quando Kvothe voltou para o acampamento depois de andar pela floresta, encontrou a cena que marcou o fim da sua infância. As barracas estavam destruídas, os corpos espalhados pelo chão e o silêncio havia tomado o lugar da música que sempre acompanhava a trupe Edema Ruh. No meio daquela devastação, estavam os sete Chandrianos. Pela primeira vez, Kvothe viu de perto as figuras que até então só existiam em histórias.

Entre eles, o que mais chamou atenção foi Cinder (ou Gris), de olhos frios e cruéis. Ao olhar a destruição, ele disse:
Parece que o pai de alguém estava cantando o tipo inteiramente errado de canção.
Essa frase nunca saiu da memória de Kvothe. Era a confirmação de que o trabalho de Arliden tinha custado caro demais. O mais estranho é que os Chandrianos deixaram kvothe vivo. Kvothe não entende o motivo. Se tinham acabado com todos, por que não o mataram também? Essa dúvida o acompanharia para sempre. Naquele momento, porém, não havia espaço para pensar. A quebra significava o fim da família, da segurança e da música que sempre o guiou. A partir dali, o que restava era a solidão e a obsessão em entender quem eram os Chandrian e por que escolheram destruir sua trupe.

A Vida em Tarbean

Depois da quebra, Kvothe passou dias vagando sem rumo. Ele era apenas uma criança, sozinho no mundo, carregando o trauma da perda da família e da trupe. Sem ter para onde ir, acabou chegando a Tarbean, uma cidade grande, suja e indiferente. Ali, ninguém se importava com mais uma criança esfarrapada perambulando pelas ruas.

A vida em Tarbean foi cruel. Kvothe aprendeu a roubar para não morrer de fome, a dormir em becos e a suportar o frio sem ter sequer um cobertor. Era constantemente perseguido por outros meninos de rua mais fortes, que roubavam o pouco que ele conseguia juntar. Essa fase foi tão difícil que, por um tempo, ele quase esqueceu quem era. O talento para a música, a curiosidade para aprender, tudo parecia enterrado sob a luta diária por sobrevivência.

Mesmo nesse cenário, duas pessoas marcaram sua vida. A primeira foi Trapis, um homem simples que cuidava dos doentes e abandonados. Ele oferecia comida, abrigo e palavras de conforto a quem ninguém mais olhava. Para Kvothe, foi uma lembrança de que ainda havia bondade no mundo. A segunda foi Skarpi, um contador de histórias. Em uma taverna, Kvothe ouviu dele narrativas sobre os Chandrian e os Amyr. Suas palavras despertaram de novo a chama que parecia apagada. Foi ouvindo Skarpi que Kvothe lembrou de quem era e do que precisava buscar: respostas.

Tarbean representou o fundo do poço da vida de Kvothe. Foi o período em que ele quase perdeu sua identidade, mas também o momento em que encontrou forças para recomeçar. Sem essa fase de miséria e esquecimento, talvez ele nunca tivesse se tornado o homem que, anos depois, o mundo inteiro conheceria.

A Universidade – O Começo

Depois de ouvir as histórias de Skarpi, Kvothe recuperou algo que parecia perdido: a lembrança de quem era e a certeza de que precisava buscar respostas sobre os Chandrian. Com isso em mente, decidiu rumar para a Universidade, o maior centro de conhecimento do mundo. Não tinha dinheiro, nem plano, apenas a determinação de chegar até lá e aprender tudo que pudesse.

No caminho, Kvothe teve um encontro que marcaria sua vida: conheceu Denna. Jovem, livre e misteriosa, ela chamou sua atenção de imediato. Eles passaram algum tempo juntos na viagem, mas, assim como aconteceria muitas outras vezes, seus caminhos logo se separaram. Esse primeiro contato deixou nele a mistura de fascínio e frustração que guiaria toda a relação entre os dois ao longo da história.

Quando finalmente chegou à Universidade, Kvothe se viu diante de um lugar tão grandioso quanto imaginava. Foi submetido às provas de admissão, e mesmo com a pouca idade impressionou os mestres pela inteligência. Conseguiu entrar, mas não demorou a perceber que sua vida ali estaria longe de ser fácil. Sem recursos, passou fome e enfrentou humilhações. E, logo no início, por conta de sua ousadia, acabou punido com o açoite público. Por suportar os golpes sem derramar sangue visível, ganhou o apelido de Kvothe, o Sem-Sangue, que logo se espalhou entre os estudantes.

A Universidade — Dificuldades e Conquistas

A vida na Universidade não demorou a mostrar sua parte mais dura. Kvothe era inteligente e se destacava nas aulas, mas não tinha dinheiro para pagar as taxas e mal conseguia se sustentar. Muitas vezes passou fome, dormiu ao relento e chegou a vender o pouco que tinha para sobreviver. Sua situação era tão extrema que quase desistiu de continuar, mas sua teimosia o manteve ali.

Foi nessa época que conheceu Devi, uma ex-estudante que emprestava dinheiro a juros altos. O acordo com ela era arriscado, mas deu a Kvothe os meios para comprar livros e materiais. Ao mesmo tempo, ele tentava conquistar um mecenas, alguém que financiasse seus estudos em troca de sua música e presença social, mas os encontros nunca resultavam em apoio de verdade. Mesmo assim, não deixava de tentar.

Entre tantas dificuldades, uma vitória trouxe orgulho: Kvothe conquistou a gaita de prata da Eólica, reconhecimento oficial de que era um músico de verdade. Foi um momento especial, porque a música era parte essencial de quem ele era. Mas nem tudo eram boas notícias. Após alguns erros e atritos, Kvothe foi banido do Arquivo, a enorme biblioteca da Universidade, justamente o lugar onde poderia encontrar respostas sobre o grupo do Chandriano. Essa exclusão foi uma das maiores frustrações da sua vida acadêmica e um símbolo das barreiras que sempre apareciam quando ele chegava perto de descobrir algo importante.

A Universidade — Rivalidades e Descobertas

Entre os estudantes, o maior inimigo de Kvothe foi Ambrose, filho de uma família nobre e influente. O desprezo entre os dois começou cedo e só cresceu com o tempo. Ambrose usava seu dinheiro e posição para dificultar a vida de Kvothe, espalhando boatos, sabotando suas coisas e chegando até a tentar matá-lo em uma ocasião. Esse conflito se tornou uma constante, e Kvothe precisou aprender a viver com essa ameaça.

Em meio a essa rotina de tensão, ele também conheceu Auri, uma jovem misteriosa que vivia nos subterrâneos da Universidade, nos chamados Subterrâneos. Auri era diferente de todos: delicada, reservada e com um jeito único de enxergar o mundo. Sua amizade trouxe para Kvothe um ponto de equilíbrio em meio ao caos da vida acadêmica. Auri não exigia nada dele, apenas companhia, e isso fez com que sua presença se tornasse especial.

Nesse período, Kvothe também provou que seu aprendizado podia ser usado fora das salas de aula. Em um confronto contra um grupo de bandidos contratados por Ambrose, ele aplicou os conhecimentos de simpatia de forma prática, conseguindo vencer em condições quase impossíveis. Essa vitória mostrou como ele conseguia transformar estudo em ação, e reforçou sua reputação como alguém capaz de feitos que poucos ousariam tentar.

Trebon — Investigação e Reencontro com Denna

Kvothe ouvir falar sobre diversas mortes que tinham ocorrido em um casamento na cidade de Trebon. Essas mortes envolviam diversos misterios em um relato de uma chama azul.m que os  Para Kvothe, os sinais eram claros demais para serem ignorados. O detalhe que chamava mais atenção era o fogo azul, a marca deixada sempre que o grupo do Chandriano estava presente.

Quando chegou à região, Kvothe começou a investigar sozinho. Encontrou ruínas queimadas, pessoas da cidade em choque e uma série de detalhes que confirmavam suas suspeitas. A morte havia sido rápida e brutal, como se ninguém tivesse tido chance de reagir. Em meio ao cenário de destruição, uma revelação o surpreendeu: havia uma única sobrevivente — Denna. O reencontro entre eles foi carregado de tensão. Ela estava abalada, ainda mais porque sua presença no casamento estava ligada ao enigmático Mestre Freixo (Master Ash), figura que se tornaria uma sombra constante em sua vida.

Para Kvothe, o massacre em Trebon foi mais do que uma lembrança dolorosa do que tinha acontecido com sua trupe. Foi uma confirmação de que o grupo do Chandriano continuava ativo e agindo de forma impiedosa. Ver Denna como a única sobrevivente apenas aumentou as perguntas, principalmente pela ligação com alguém tão suspeito quanto Mestre Freixo. A convicção de que precisava entender quem eram e como enfrentá-los ficou ainda mais forte depois daquele episódio.

Trebon — A luta contra o Draccus

Enquanto investigava o rastro deixado pelos Chandrian, Kvothe descobriu outra ameaça que pairava sobre a região: um draccus, uma criatura gigantesca e imprevisível, estava à solta. O animal, que lembrava um dragão sem asas, estava cada vez mais descontrolado devido a um tipo de droga que foi deixada perto do local onde ele vivia. A simples presença do draccus colocava toda a cidade em risco, e ninguém além de Kvothe parecia capaz de fazer algo a respeito.

Sem tempo para planejar, Kvothe precisou agir com o que tinha. Recorreu a todo o conhecimento adquirido na Universidade e à sua capacidade de improvisar sob pressão. Usou simpatia de forma criativa, aproveitou os recursos ao redor e enfrentou o monstro em condições que qualquer outra pessoa teria considerado impossíveis. Mais do que força, a luta exigiu inteligência e coragem.

No fim, Kvothe conseguiu deter o draccus, evitando que a cidade fosse completamente destruída. A vitória foi arriscada e deixou marcas, mas também reforçou sua reputação como alguém capaz de feitos extraordinários. Se até então ele era visto apenas como um jovem talentoso da Universidade, depois de Trebon passou a ser lembrado como alguém que enfrentou e derrotou uma criatura que parecia invencível.

O Nome do Vento

Quando Kvothe voltou para a Universidade, os boatos sobre o que havia acontecido em Trebon já tinham corrido pelos corredores. Cada estudante tinha uma versão diferente: alguns falavam de um incêndio misterioso, outros de um monstro gigantesco, mas ninguém sabia realmente a verdade. O que se sabia é que Kvothe tinha estado lá, e isso bastava para aumentar ainda mais sua fama. Ele já não era apenas o garoto prodígio: era alguém que estava no centro de acontecimentos que pareciam saídos de lendas.

Em meio a esse clima de especulação, sua rivalidade com Ambrose atingiu o ponto mais crítico. A tensão entre os dois vinha crescendo desde o início, mas Ambrose passou dos limites quando quebrou o alaúde de Kvothe — o instrumento que significava não apenas sua ligação com a música, mas também com sua identidade como Edema Ruh. A dor dessa perda foi tão grande que Kvothe reagiu de forma inesperada.

Foi nesse momento que ele conseguiu, pela primeira vez, chamar o nome do vento. Não foi algo planejado, nem um exercício ensinado na Universidade. Foi um ato puro de raiva e dor, que demonstrou o poder que sempre esteve latente dentro dele. O feito deixou todos impressionados e marcou mais uma vez a diferença entre Kvothe e qualquer outro estudante. Ele não era apenas talentoso: era alguém capaz de invocar forças que a maioria sequer compreendia.

De volta ao Marco do Percurso

A narrativa volta para a pousada Marco do Percurso, onde Kvothe — agora sob o nome de Kote — continua contando sua história ao Cronista. Mas dessa vez, os acontecimentos deixam de ser apenas recordações do passado e invadem o presente. Um dos moradores da região aparece possuído por uma criatura que parecia um tipo de demônio, algo sombrio e violento que ninguém esperava enfrentar ali.

O ataque foi brutal. Kvothe precisou agir rapidamente para proteger os presentes, mas a luta teve consequências. Shep, um dos frequentadores da pousada, acabou morto durante o confronto. A morte dele deixou claro que, mesmo longe dos grandes acontecimentos narrados por Kvothe, o perigo continuava presente e real. O mal não estava apenas nas memórias do passado: rondava também o presente.

Esse episódio reforça a sensação de que há algo maior e mais sombrio acontecendo no mundo. Não importa se é nas estradas, nas cidades ou em uma pequena pousada esquecida, o mal sempre encontra um caminho. Para o leitor, fica a lembrança de que a história de Kvothe não é apenas sobre glórias e feitos impressionantes, mas também sobre perdas, dor e a luta constante contra forças que parecem estar sempre à espreita.

Conclusão

O Nome do Vento é um livro excelente, que possui muitos detalhes e deixa diversas perguntas no ar.. A história do Kvothe é a famosa jornada do heroi, com perdas, conquistas e traumas.  Esse resumo foi a forma que encontrei de revisitar os principais acontecimentos e compartilhar aqui no blog.

Em breve vou trazer também a resenha de O Temor do Sábio, dando sequência à jornada de Kvothe. Ainda teremos também espaço para falar de A Música do Silêncio e O Estreito Caminho entre desejos, que explora mais um pouco do Bast.

E se você quiser se aprofundar mais no Chandriano, recomendo dar uma olhada no artigo que já publiquei aqui no blog só sobre esse grupo misterioso. Lá eu falo em detalhes sobre quem eles são, os sinais que deixam para trás e o que sabemos até agora:
https://multiversocurioso.com/2025/02/16/chandriano-tudo-sobre-o-grupo-mais-temido-de-o-nome-do-vento/

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